terça-feira, 21 de setembro de 2010

Resolução de Problemas é de Fundamental Importância para a Educação Matemática

Por: Eduardo Henrique Gaspar

Resolução de problemas é de fundamental importância para a educação matemática. Ela dá suporte para aplicações da matemática do cotidiano, motivando os estudantes da disciplina, visto que adequa a matemática a situações reais que ocorrem com os alunos. A resolução de problemas deve ser feita através do raciocínio lógico e não de forma mecânica, pois deve-se incentivar, instigar o aluno a pensar no processo de resolução e não usar fórmulas sem saber o porque está usando. Neste artigo nos propomos a apresentar uma sugestão de atividade relativa ao ensino de resolução de equações do 2º grau na 8a série, dada através de exemplos práticos e do cotidiano.

 A importância da resolução de problemas

            Segundo Krulic (1980, p.  ), “A resolução de problemas é a própria razão do ensino de matemática”. Assim sendo, vemos que é de fundamental importância discutir e abordar novas metodologias para que o ensino da matemática se torne cada vez melhor, permitindo que os alunos resolvam problemas, não de forma mecânica, mas com um raciocínio lógico e coerente, coisa que não vem acontecendo nesta prática de ensino.

 

A Resolução de problemas na Educação Matemática

            Primeiramente, deve-se saber de forma clara a diferença entre exercício e problema. Para Carvalho (1994, p.  ), problema “é uma situação que o aluno se depara, de pouca ou de muita complexidade, e para o qual não tem uma resposta imediata, mas para o qual necessita de meios intelectuais para resolvê-los”. Já exercício, é uma situação que o aluno se depara e já sabe resolver ou tem memorizado o mecanismo de como resolver.

            Assim sendo, concordamos com Polya (1949, p.15)o qual afirma: “Primeiro, o professor deveria estabelecer a classe certa de problemas para os seus alunos: não muito difíceis, nem fáceis demais, naturais e interessantes”. O Método Kumon, idealizado por Toru Kumon, e conhecido em todo mundo, aplica esses tipos de problemas no seu método: primeiramente situa o aluno em uma faixa de conhecimento e depois estimula o aluno a resolver problemas de seu nível (ou seja, problemas que o aluno tenha ferramentas para resolver) auxiliando-o, nem muito, pois o aluno não terá o que fazer, nem pouco, se não  ele não conseguirá caminhar, podendo até desestimular o estudante e fazendo com que perca o interesse pela matéria, fracassando assim o principal objetivo: fazer com que o aluno aprenda matemática.

            Tocamos agora num assunto essencial para o sucesso do ensino de matemática, a motivação. Muitos professores se perguntam o porquê da falta de interesse dos estudantes em relação á disciplina. A resposta está na motivação. Se temos motivação fazemos as coisas com empenho e prazer, resultando em trabalhos bons e úteis. Cremos que a matemática deve ser ensinada veiculando problemas matemáticos com o cotidiano dos alunos, tendo uma abordagem que, inicialmente é intuitiva, e gradativamente se torna conceitual. Isto faz com que o raciocínio lógico se desenvolva, ao invés do trabalho mecânico, assim o estudante terá consciência do porque do processo de resolução, e não apenas aplique as fórmulas matemáticas com um intuito de obter um resultado que não signifique nada para ele.

            Nesse ponto, percebemos a importância de resolução de problemas na matemática, que tem um papel de motivador, além de ser o principal motivo do ensino da matemática, afinal, diz Krulik (1980,p.3),”Por acaso ensinamos cálculos aritméticos, cálculos algébrico e algoritmos apenas porque são coisas interessantes por si mesmas?!”.È claro que não.

            Assim, propomos a seguir, um exemplo de como motivar o aluno através de situações do cotidiano nos problemas matemáticos com bases na idéia de Bigode(1999,p.77) .O assunto é equação do 2º grau e a série é a 8a do ensino fundamental.

            Primeiramente mostramos um caderno quadrado aos alunos, depois, informamos a área da capa do caderno, por exemplo, 400cm². Logo após mostramos uma foto de dimensões maiores que do quadrado. Em seguida perguntamos a eles quais seriam as dimensões da foto para que pudéssemos personalizar a capa do caderno. Auxiliaríamos os alunos para resolver este problema, introduzindo superficialmente equações de segundo grau incompletas.

            Após isso, passaríamos o seguinte problema: Uma pessoa teve parte de um terreno desapropriado pela prefeitura, que pretendia alargar as duas avenidas laterais. Do terreno, em forma de quadrado, foi perdida uma faixa de 4m de largura ao norte e uma faixa de 3m de largura a oeste. A área de terreno ficou reduzida à metade. De que tamanho era o terreno.

Auxiliamos o aluno á criar a figura a seguir. E através do calculo de área do quadrado, A= L², chegar na seguinte expressão: x²/2 = (x – 4) . ( x – 3 ). 

            Depois disso o aluno desenvolverá a expressão até chegar a está equação de 2º grau: x² -14x + 24 = 0. De posse disso, introduziríamos a resolução da equação através da fórmula de Báskara, deixando claro o que significa o resultado encontrado para x. Só aí então informaríamos o que é a equação de 2º grau completa. Depois disso partiríamos para a resolução dos dois tipos de resolução de equação 2º grau incompleta. Mostrando os formalismos da matemática neste ponto junto ao exemplo do caderno anteriormente explicado. Mostraríamos, logo após, o seguinte problema: “Qual o numero que elevado ao quadrado e somado com ele mesmo da zero”. Mais uma vez somente auxiliaríamos os alunos a montar a seguinte expressão: x² + x = 0.

            Novamente tentaríamos fazer os alunos resolverem por si mesmos e depois daríamos o formalismo matemático a este outro tipo de equação de segundo grau incompleta. Terminando isso dividiríamos a sala em grupos e para cada um daríamos algumas questões do cotidiano deles para serem resolvidas em sala, Pedindo logo após que cada grupo formulasse um problema e desse para outro grupo resolver. Respondida as perguntas e questionamentos terminamos a aula.

 Conclusão

            Assim concluímos que ao aproximar a matemática do cotidiano, tem-se um resultado favorável no que se refere ao aproveitamento do alunado. Debates e discussões visando a criação de problemas aplicados no dia a dia devem acontecer constantemente nos cursos de licenciatura em matemática, pois, assim, a formação deste profissional será mais completa.   

                 

Referências

KRULIK, Stephen, A resolução de problemas na matemática escolar, 4 ed., São Paulo, Atual, 1997.

TEIXEIRA, Elizabeth, As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa, 6ed., Belém, UNAMA, 2003.

KUMON, Toru, Estudo gostoso de matemática: o segredo do método Kumon, 9ed., São Paulo, Kumon Instituto de Educação, 2001.

  

 

Perfil do Autor

Professor Eduardo Henrique Gaspar
PORTO ESTRELA MT

(Artigonal SC #1551253)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/educacao-artigos/resolucao-de-problemas-e-de-fundamental-importancia-para-a-educacao-matematica-1551253.html

Resolução de problemas de logística ferroviária utilizando programação inteira

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Resolução de Problemas é de Fundamental Importância para a Educação Matemática

Por: Eduardo Henrique Gaspar

Resolução de problemas é de fundamental importância para a educação matemática. Ela dá suporte para aplicações da matemática do cotidiano, motivando os estudantes da disciplina, visto que adequa a matemática a situações reais que ocorrem com os alunos. A resolução de problemas deve ser feita através do raciocínio lógico e não de forma mecânica, pois deve-se incentivar, instigar o aluno a pensar no processo de resolução e não usar fórmulas sem saber o porque está usando. Neste artigo nos propomos a apresentar uma sugestão de atividade relativa ao ensino de resolução de equações do 2º grau na 8a série, dada através de exemplos práticos e do cotidiano.

 A importância da resolução de problemas

            Segundo Krulic (1980, p.  ), “A resolução de problemas é a própria razão do ensino de matemática”. Assim sendo, vemos que é de fundamental importância discutir e abordar novas metodologias para que o ensino da matemática se torne cada vez melhor, permitindo que os alunos resolvam problemas, não de forma mecânica, mas com um raciocínio lógico e coerente, coisa que não vem acontecendo nesta prática de ensino.

 

A Resolução de problemas na Educação Matemática

            Primeiramente, deve-se saber de forma clara a diferença entre exercício e problema. Para Carvalho (1994, p.  ), problema “é uma situação que o aluno se depara, de pouca ou de muita complexidade, e para o qual não tem uma resposta imediata, mas para o qual necessita de meios intelectuais para resolvê-los”. Já exercício, é uma situação que o aluno se depara e já sabe resolver ou tem memorizado o mecanismo de como resolver.

            Assim sendo, concordamos com Polya (1949, p.15)o qual afirma: “Primeiro, o professor deveria estabelecer a classe certa de problemas para os seus alunos: não muito difíceis, nem fáceis demais, naturais e interessantes”. O Método Kumon, idealizado por Toru Kumon, e conhecido em todo mundo, aplica esses tipos de problemas no seu método: primeiramente situa o aluno em uma faixa de conhecimento e depois estimula o aluno a resolver problemas de seu nível (ou seja, problemas que o aluno tenha ferramentas para resolver) auxiliando-o, nem muito, pois o aluno não terá o que fazer, nem pouco, se não  ele não conseguirá caminhar, podendo até desestimular o estudante e fazendo com que perca o interesse pela matéria, fracassando assim o principal objetivo: fazer com que o aluno aprenda matemática.

            Tocamos agora num assunto essencial para o sucesso do ensino de matemática, a motivação. Muitos professores se perguntam o porquê da falta de interesse dos estudantes em relação á disciplina. A resposta está na motivação. Se temos motivação fazemos as coisas com empenho e prazer, resultando em trabalhos bons e úteis. Cremos que a matemática deve ser ensinada veiculando problemas matemáticos com o cotidiano dos alunos, tendo uma abordagem que, inicialmente é intuitiva, e gradativamente se torna conceitual. Isto faz com que o raciocínio lógico se desenvolva, ao invés do trabalho mecânico, assim o estudante terá consciência do porque do processo de resolução, e não apenas aplique as fórmulas matemáticas com um intuito de obter um resultado que não signifique nada para ele.

            Nesse ponto, percebemos a importância de resolução de problemas na matemática, que tem um papel de motivador, além de ser o principal motivo do ensino da matemática, afinal, diz Krulik (1980,p.3),”Por acaso ensinamos cálculos aritméticos, cálculos algébrico e algoritmos apenas porque são coisas interessantes por si mesmas?!”.È claro que não.

            Assim, propomos a seguir, um exemplo de como motivar o aluno através de situações do cotidiano nos problemas matemáticos com bases na idéia de Bigode(1999,p.77) .O assunto é equação do 2º grau e a série é a 8a do ensino fundamental.

            Primeiramente mostramos um caderno quadrado aos alunos, depois, informamos a área da capa do caderno, por exemplo, 400cm². Logo após mostramos uma foto de dimensões maiores que do quadrado. Em seguida perguntamos a eles quais seriam as dimensões da foto para que pudéssemos personalizar a capa do caderno. Auxiliaríamos os alunos para resolver este problema, introduzindo superficialmente equações de segundo grau incompletas.

            Após isso, passaríamos o seguinte problema: Uma pessoa teve parte de um terreno desapropriado pela prefeitura, que pretendia alargar as duas avenidas laterais. Do terreno, em forma de quadrado, foi perdida uma faixa de 4m de largura ao norte e uma faixa de 3m de largura a oeste. A área de terreno ficou reduzida à metade. De que tamanho era o terreno.

Auxiliamos o aluno á criar a figura a seguir. E através do calculo de área do quadrado, A= L², chegar na seguinte expressão: x²/2 = (x – 4) . ( x – 3 ). 

            Depois disso o aluno desenvolverá a expressão até chegar a está equação de 2º grau: x² -14x + 24 = 0. De posse disso, introduziríamos a resolução da equação através da fórmula de Báskara, deixando claro o que significa o resultado encontrado para x. Só aí então informaríamos o que é a equação de 2º grau completa. Depois disso partiríamos para a resolução dos dois tipos de resolução de equação 2º grau incompleta. Mostrando os formalismos da matemática neste ponto junto ao exemplo do caderno anteriormente explicado. Mostraríamos, logo após, o seguinte problema: “Qual o numero que elevado ao quadrado e somado com ele mesmo da zero”. Mais uma vez somente auxiliaríamos os alunos a montar a seguinte expressão: x² + x = 0.

            Novamente tentaríamos fazer os alunos resolverem por si mesmos e depois daríamos o formalismo matemático a este outro tipo de equação de segundo grau incompleta. Terminando isso dividiríamos a sala em grupos e para cada um daríamos algumas questões do cotidiano deles para serem resolvidas em sala, Pedindo logo após que cada grupo formulasse um problema e desse para outro grupo resolver. Respondida as perguntas e questionamentos terminamos a aula.

 Conclusão

            Assim concluímos que ao aproximar a matemática do cotidiano, tem-se um resultado favorável no que se refere ao aproveitamento do alunado. Debates e discussões visando a criação de problemas aplicados no dia a dia devem acontecer constantemente nos cursos de licenciatura em matemática, pois, assim, a formação deste profissional será mais completa.   

                 

Referências

KRULIK, Stephen, A resolução de problemas na matemática escolar, 4 ed., São Paulo, Atual, 1997.

TEIXEIRA, Elizabeth, As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa, 6ed., Belém, UNAMA, 2003.

KUMON, Toru, Estudo gostoso de matemática: o segredo do método Kumon, 9ed., São Paulo, Kumon Instituto de Educação, 2001.

  

 

Perfil do Autor

Professor Eduardo Henrique Gaspar
PORTO ESTRELA MT

(Artigonal SC #1551253)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/educacao-artigos/resolucao-de-problemas-e-de-fundamental-importancia-para-a-educacao-matematica-1551253.html